Breve resenha histórica da Fanfarra
A Fanfarra da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Novo deve-se à ideia de alguns bombeiros da época, uma vez que existiam na Associação duas caixas de guerra e três clarins.
Tem as suas raízes num primeiro terno de clarins, existente entre 1946 e 1954, sendo o mesmo constituído por cinco elementos.
Em 1972, o bombeiro António Lambuça, juntamente com José Guerra, João Coelho (actual Comandante) e Florindo Pais (actual Chefe da Fanfarra), formou uma nova Fanfarra, constituída, apenas, pelos seguintes dez elementos:
João Coelho, António Batista, Manuel Lebre, José Guerra, José Augusto Mota, Florindo Pais, António Lambuça, Joaquim Chapa, Daniel Simões e Francisco Roque (Chefe da Fanfarra).
Foi assim, inaugurada a nossa Fanfarra, nesse mesmo ano de 1972, por ocasião do Aniversário da Associação.
Por dificuldades financeiras, já existentes nessa época, que impediam a aquisição de instrumentos novos, conseguiram-se os primeiros instrumentos através do empréstimo, de alguns, por parte da Guarda Nacional Republicana, da cedência, do bombo, pela Sociedade Pedrista e da construção de 3 timbalões de guerra (que pesavam 15 a 20 Kg/cada) pelo Bombeiro Daniel Simões.
Apesar de ensaios frequentes, começava a instalar-se algum desânimo nos elementos porque, não existindo, na altura, mais nenhuma fanfarra do distrito, não se realizavam eventos em que a mesma pudesse participar.
Assim, planeou-se uma saída, tendo sido oferecida a participação da Fanfarra nas Festas e Procissão de Lavre, sem que o Comandante tivesse conhecimento, mas com a “ conivência “ do Sr. Padre Flausino, que convidou, então, a Fanfarra a participar nas referidas festas.
No ano de 1973, novamente, nas cerimónias comemorativas do Aniversário da Associação, já a Fanfarra se apresentava com 30 elementos de ambos os sexos.
Realizava, também, a sua primeira saída para o exterior, através da participação no Encontro de Fanfarras, promovido pela Associação dos Bombeiros Voluntários de Vila Franca de Xira, apresentando-se com 38 elementos.
Como curiosidade, o transporte utilizado, na época, para transportar os elementos da Fanfarra, era uma camioneta de carga, na qual se colocava um toldo e alguns bancos corridos.
Um dos momentos altos a recordar, foi durante da realização do Congresso Nacional de Bombeiros, no Estoril, tendo sido a única Fanfarra autorizada a desenvolver uma evolução frente à Tribuna de Honra, presidida pelo Sr. Presidente da Republica, da altura, General Ramalho Eanes.
Após o abandono de Francisco Roque, a Chefia da Fanfarra passou para António Carapinha, que permaneceu no cargo, apenas um ano. Desde essa altura até aos dias de hoje, tem sido Florindo Pais a assegurar a Chefia da Fanfarra.
Em 1980, com o apoio do Comando e da Direcção, foi criada a Fanfarra Infantil, constituída por 45 crianças de ambos os sexos, que ao crescerem passariam para a Fanfarra adulta.
Infelizmente, cerca de 5 anos depois, esta Fanfarra Infantil dissolveu-se, por problemas de ordem vária, nomeadamente as elevadas despesas com o fardamento.
A partir desse momento, e até hoje, passou a existir apenas uma Fanfarra, actualmente, formada por 55 elementos de ambos os sexos, com idades compreendidas entre o 8 e os 60 anos, continuando a servir de trampolim para a integração de novos elementos no Quadro Activo do nosso Corpo de Bombeiros.