Resumo da História da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Novo

O início

Os mais antigos testemunhos escritos até hoje conhecidos relativos à prevenção de incêndios em Montemor-o-Novo, remontam a 1550. No dia 10 de Setembro desse ano, dois munícipes requereram licença à câmara para proceder a queimadas nos coutos da vila. Os dois pedidos foram indeferidos por serem formulados ainda em época de calor.
Até uma fase avançada do século XVIII, Montemor-o-Novo permaneceu, aparentemente, indiferente ao movimento imparável de constituição de corpos de bombeiros.
Porém, em 1871, um inesperado e funesto acontecimento marcaria o ponto de viragem, fazendo despertar a opinião pública e as instituições municipais para a necessidade da criação de uma estrutura local de socorro a fogos e outras calamidades. Na madrugada do dia 13 de Novembro, as “ casas nobres “ de D. Francisco de Sousa Barreto, situadas no Largo de S. João de Deus, sucumbira, completamente a um incêndio, ficando reduzidas “ a cinzas “ em virtude da inexistência de meios adequados de combate.
Isto levou a edilidade, a partir de 1872, a encetar contactos com fornecedores para a aquisição de “ uma bomba e mais utensílios para o serviço de incêndios, até à quantia de 100.000 réis ”. Entretanto foram afixados editais, por sugestão do Vereador Luis Manuel de Vila Lobos Mexia Caiola, expressando o “ desejo de criar nesta vila uma companhia de bombeiros voluntários, e convidando (…) os seus habitantes a alistarem-se “. Em quinze dias inscreveram-se 33 cidadãos. Foi em seguida solicitado apoio técnico à câmara de Lisboa. E em Junho de 1875 já o “ bombeiros instrutor “ ensaiava os voluntários montemorenses “ nos manejos de bomba de incêndio “ recentemente adquirida. A companhia ainda se mantinha activa em 1878, tendo-se dissolvido pouco tempo depois, pois em 1880 já havia nova corporação.
Entre 1895 e 1897 existiu um terceiro corpo de voluntários. Mas neste último ano extinguiu-se e devolveu o material à câmara.
Em 1912 um grupo de munícipes solicitou à municipalidade a cedência do material de extinção de fogos e das respectivas instalações, com o objectivo da criação de mais uma “ corporação de bombeiros, para socorrer todos os sinistros de incêndios que ali tinham lugar ou nas freguesias rurais “. Mas em 1916 acabaria por seguir o destino das anteriores, tendo devolvido o material à edilidade.

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